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Artigo 5
Artigo 4º
Um dos domínios mais aplicados da telemedicina na última década é a telerreabilitação, que começou a ganhar relevância em 2016. O termo "telemedicina" foi introduzido pela primeira vez em 1993. É definido como a prestação de serviços de saúde através de telecomunicações remotas e inclui tanto a consulta interativa como os serviços de diagnóstico.
Foi relatado que a telerreabilitação em tempo real para condições músculo-esqueléticas melhora a função física e a dor, tornando-a eficaz e comparável aos métodos convencionais. Os estudos indicam que a telerreabilitação é tão eficaz como os cuidados presenciais em termos de avaliação, gestão da dor, funcionalidade e educação para a saúde.
Centrando-se nos doentes, a utilização de ferramentas digitais no domínio da saúde provou ir ao encontro das suas expectativas e ser satisfatória, especialmente nas teleconsultas, que são semelhantes às consultas presenciais.
É necessário implementar estratégias de telerreabilitação que permitam ao doente realizar o seu tratamento em casa e ser acompanhado pelo profissional de forma telemática, através de chamadas telefónicas, vídeos gravados e videochamadas. Existem diferentes modelos de integração de ferramentas na telerreabilitação; por exemplo, algumas podem ser mais ou menos difíceis de utilizar, e outras envolvem diferentes procedimentos de controlo do doente.
Normalmente, são utilizados sistemas de videoconferência via computador ou telefone como estratégia de comunicação direta com o doente, incluindo a utilização e o apoio de equipamentos de telemonitorização remota, que permitem monitorizar a atividade online dos doentes. Além disso, pode ser utilizado um sistema de telessaúde virtual baseado na nuvem que funciona com uma forma tridimensional (3D) para observar a postura e o movimento, utilizando um treinador simulado digitalmente para demonstrar e orientar a atividade.
Os exercícios podem ser realizados através de plataformas REMOTE-CR mais complexas, em conjunto com vários dispositivos, um smartphone, um sensor portátil, aplicações Web e middleware personalizado. Os telemóveis podem ser utilizados não só como dispositivo de comunicação entre os doentes e os terapeutas, mas também para orientar os exercícios.
Nem todos os dispositivos de telerreabilitação facilitam a comunicação bidirecional no que diz respeito à execução do exercício. As limitações não estão apenas relacionadas com os doentes, uma vez que existem outras relacionadas com os profissionais responsáveis pelo tratamento; o equipamento necessário, tanto nas consultas como no domicílio do doente, pode variar consoante a ferramenta de telerreabilitação utilizada. Por vezes, além disso, a utilização do equipamento requer uma formação bidirecional.
Mais informações sobre a eficácia dos exercícios terapêuticos prescritos por via telemática podem ser consultadas aqui:
Muñoz-Tomás, et al. (2023). Telerehabilitation as a therapeutic exercise tool versus face-to-face physiotherapy: a systematic Review. International Journal of Environmental Research and Public Health, 20(5), 4358. https://doi.org/10.3390/ijerph20054358
Valverde-Martínez, et al. (2023). Telerehabilitation, a viable option in patients with persistent post-COVID syndrome: A systematic review. Healthcare (11,2, 187). https://doi.org/10.3390/healthcare11020187